A concessão da BR-381, importante rodovia que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, promete trazer uma significativa melhoria na segurança viária. Considerada uma das rodovias mais perigosas do Brasil, a BR-381, também conhecida como “Rodovia da Morte“, apresenta um histórico alarmante de acidentes.
No entanto, um estudo recente realizado pela consultoria Houer, para o Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), aponta que a duplicação da estrada pode resultar em uma considerável redução no número de acidentes.
Comparativo de acidentes na BR-381: Trechos Duplicados vs. Não Duplicados
A pesquisa fez um comparativo entre os trechos duplicados e os trechos ainda não duplicados da BR-381, revelando dados preocupantes. Em 2023, os trechos não duplicados, que estão sob gestão pública e vão de Belo Horizonte até Governador Valadares, apresentaram uma taxa de acidentes 7,36% maior a cada 10 mil veículos, em relação aos trechos duplicados, que já estão sob a gestão privada e entre Belo Horizonte e São Paulo.
Este aumento significativo nas ocorrências de acidentes nos trechos não duplicados é um indicativo claro da necessidade urgente de melhorias na infraestrutura da rodovia. Atualmente, Minas Gerais é o estado com o maior número de acidentes em rodovias federais, com 9 mil ocorrências e 727 mortes registradas em 2023.
BR-381: a rodovia com maior número de acidentes em Minas
A BR-381 não apenas lidera o número de acidentes em Minas Gerais, como também ocupa a segunda posição em extensão entre as rodovias federais que cortam o estado. Somente no ano de 2023, foram registrados 2.641 acidentes ao longo de toda a extensão da rodovia, resultando em 171 mortes e 3.435 feridos.
Esses números representam um aumento alarmante, especialmente quando comparados aos da BR-040, que possui uma extensão apenas 43,4 quilômetros menor, mas com 45% menos acidentes.
O estudo reforça a importância da concessão e da duplicação da BR-381 para aumentar a segurança viária e reduzir as tragédias nas rodovias de Minas Gerais, considerando que a implementação dessas melhorias pode salvar vidas e reduzir significativamente os danos à população.
