A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e a ArcelorMittal, uma das maiores produtores de aço do mundo, assinaram um convênio de cooperação para a criação do Centro CIT/ SENAI de Descarbonização Industrial. O centro receberá investimento inicial de R$ 34 milhões para a estruturação básica de um laboratório voltado para o desenvolvimento de tecnologias e projetos de descarbonização.
A assinatura do termo que formaliza a parceria foi feita durante a abertura do Imersão Indústria, nesta segunda-feira (23), em Belo Horizonte, e contou com as presenças do presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO Aços Longos e Mineração LATAM, Jefferson De Paula, e do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe. O prefeito da capital, Fuad Noman, também esteve presente ao evento, realizado no Minascentro.
De acordo com a ArcelorMittal, o Centro CIT/SENAI de Descarbonização Industrial vai promover a capacitação de profissionais para trabalhar com a temática com foco em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). A estrutura básica do laboratório contará com equipamentos complementares à infraestrutura dos Institutos do CIT/ SENAI.
Ainda segundo a empresa, serão desenvolvidas ações e projetos relacionados a biocombustíveis sustentáveis, uso de hidrogênio verde, captura e transformação de CO2 e novas tecnologias de produção de aço. A empresa projeta uma grande contribuição no processo de descarbonização na indústria do aço, ao lançar a meta de ser carbono neutro até 2050 e reduzir em 25% suas emissões específicas até 2030.
“A criação do Centro CIT/ SENAI de Descarbonização Industrial é mais um passo importante na nossa jornada de descarbonização. Para nós da ArcelorMittal, a parceria com a Fiemg é muito relevante, tendo em vista que um dos principais desafios da nossa sociedade e da indústria é alcançar a neutralidade do carbono. Este centro será fundamental para desenvolvermos em conjunto novas tecnologias que irão garantir a sustentabilidade das nossas operações”, afirmou o presidente da ArcelorMittal Brasil.
ArcelorMittal planeja uso de etanol
A estratégia da empresa para alcançar a meta é trabalhar até 2030 com melhorias dos processos já existentes e, a partir de então, empregar tecnologias disruptivas, ou seja, que tornem a sua operação carbono neutro até 2050. Uma alternativa estudada pelo grupo é o usar os gases de processo que contém CO₂, como, por exemplo, produzindo etanol para consumo e uso na indústria química e reduzir, consequentemente, emissões de gases que provocam o efeito estufa.
Outras inciativas prioritárias da empesa para alcançar as metas são a otimização da matriz metálica com aprimoramento do uso de sucata como matéria-prima; troca de combustível com a substituição parcial do carvão mineral por gás natural; maximização do uso de carvão vegetal renovável; continuidade na adoção de melhorias de eficiência energética nos processos de produção de aço.
O Imersão Indústria
A segunda edição do Imersão Indústria está sendo promovida pela Fimeg, com programação até 26 de outubro. O tema do evento é “Gestão e competitividade no seu negócio”. O objetivo é gerar conexões, compartilhar conhecimentos e experiências e fomentar negócios e parcerias, segundo a entidade.
A programação apresenta painéis e palestras com especialistas tratando de temas relacionados à Agenda ESG, descarbonização e transição energética. Saiba mais.
