No período entre outubro de 2022 e janeiro deste ano, o ouro passou por uma valorização de 17%. O volume negociado na bolsa de valores de São Paulo, neste período, foi de R$ 834 milhões.
Com o estresse e a volatilidade de 25,94% enfrentados pelo Ibovespa entre outubro do ano passado e janeiro deste ano, os preços das ações estão passando por uma forte variação. Dessa forma, o ouro se tornou uma boa opção para compradores e investidores devido ao fato de não possuir relação direta com fatores governamentais de nenhum país em sua cotação. Considerado um “ativo de proteção”, o ouro valorizou 17% e acumulou um volume de mais de 800 milhões de reais na bolsa de valores.
De acordo com especialistas, a valorização é resultado de uma possibilidade de risco doméstico e internacional, semelhante ao início da pandemia de Covid-19. Portanto, a instabilidade presente neste cenário faz com que os investidores busquem ativos seguros como o ouro à procura de “proteção”.
De acordo com o CEO da gestor de investimentos Vêneto, Carlos Henrique Pessoa, a alta inflacionária registrada desde o ano passado somada à guerra entre Rússia e Ucrânia também causaram a valorização do metal.
Expectativas para o ouro em 2023
As expectativas para o ouro no ano de 2023 são otimistas do ponto de vista financeiro. De acordo com Ole Hansen, diretor de estratégias de commodities do Saxo Bank, os preços do ouro podem aumentar significativamente.
“A tendência é que o ouro, ainda subposicionado, se valorize com os efeitos das taxas de juros reais nesse novo cenário. […} O ouro deve romper o topo duplo perto de USD 2075, devendo se valorizar até USD 3000 no ano que vem”.
A demanda dos bancos centrais pelo ouro também devem seguir em aumento, mantendo o valor alto da commoditie .
