Em um esforço conjunto para acelerar a transição energética, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram na terça-feira (7), uma chamada pública para incentivar o desenvolvimento de planos de negócios voltados para a transformação de minerais estratégicos.
O objetivo é fortalecer a cadeia produtiva de minerais como lítio, níquel, grafite, silício e terras raras, que são cruciais para a fabricação de componentes usados em tecnologias limpas, como baterias, células fotovoltaicas e ímãs permanentes.
Detalhes sobre a chamada pública e como participar
A chamada pública estará aberta para o envio de propostas entre os dias 13 de janeiro e 30 de abril, com os resultados previstos para serem divulgados em 12 de junho. A iniciativa conta com um orçamento de R$ 5 bilhões, destinados tanto para a ampliação da capacidade produtiva quanto para pesquisas e inovações. O apoio será concedido por meio de diferentes modalidades, incluindo linhas de crédito, participação acionária em empresas e recursos não reembolsáveis.
O foco do investimento será em plantas industriais, assim como em plantas-piloto ou de demonstração, que possam integrar pesquisas em andamento e permitir a viabilização de novas capacidades industriais no Brasil. O BNDES prevê que a chamada pública tem o potencial de gerar investimentos de cinco a dez vezes o valor inicialmente disponibilizado.
Minerais estratégicos para a transição energética: um passo vital para o futuro
A exploração de minerais estratégicos, classificados como “minerais críticos”, é fundamental para assegurar a transição energética. Esses materiais são essenciais na produção de peças e equipamentos necessários para tecnologias verdes, como os painéis fotovoltaicos usados na geração de energia solar e as baterias para veículos elétricos.
No Brasil, o cenário é favorável para a expansão desse mercado de minerais estratégicos. O país possui as maiores reservas de nióbio do mundo, além da segunda maior reserva de grafite natural e a terceira maior de níquel.
Atualmente, o Brasil é o quinto maior produtor de lítio e o terceiro maior produtor de silício, o que coloca o país em uma posição estratégica para impulsionar a produção de energia renovável e fortalecer seu mercado automotivo, que está em processo de eletrificação.
Este projeto visa não apenas aumentar a produção interna, mas também posicionar o Brasil como um líder na exportação desses minerais essenciais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a descarbonização global.