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Fundação Renova investigará prejuízos causados por falso frei

Foto: Reprodução/ Transforma Energia - Membro de membro do Comitê Técnico-Científico da instituição captou mais de R$ 2 milhões e foi acusado pelo MPF de ter mentido no currículo; Defesa do suposto religioso não vai se manifestar

 

A Fundação Renova divulgou uma nota informando que fará a apuração dos eventuais prejuízos decorrentes da atuação do suposto falso frei Phillip Neves Machado como membro do Comitê Técnico-Científico da instituição, entre 2018 e 2020. A denúncia de irregularidades na captação de recursos da entidade foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF).

Nomeado perito judicial pela Justiça Federal no processo que julga ações de reparação a atingidos pela barragem de Mariana, Machado mentiu no currículo sobre possuir especializações e também sobre ser frei da Igreja Católica, segundo a denúncia. De acordo com os autos, há indícios de que o suposto falso frei recebeu quase R$ 2 milhões e havia previsão para receber mais cerca de R$ 900 mil.

“A Fundação Renova tomou conhecimento das declarações do perito nomeado pela Justiça Federal, o Sr. Phillip Neves Machado, a respeito de informações inverídicas de seu currículo e acompanhará os desdobramentos do caso na Justiça. Sobre a atuação do senhor Machado como membro do Comitê Técnico-Científico da instituição entre novembro de 2018 e outubro de 2020, serão apurados os eventuais prejuízos decorrentes de falsas declarações a respeito do currículo e avaliadas as medidas jurídicas cabíveis”, diz a nota.

A Defesa do suposto religioso informou que ele não vai se manifestar. A Fundação Renova ainda não esclareceu como o nome de Phillip Machado foi indicado para participar do Comitê Técnico.

A fundação

A Fundação Renova foi criada em 2016 para atuar na reparação de danos ao Rio Doce e às comunidades afetadas pelo rompimento da Barragem de Fundão, em 2015. Na ocasião, 19 pessoas morreram soterradas pelos rejeitos de mineração da Samarco.

A criação da entidade foi fruto de um acordo entre o MPMG e o MPF com as mineradoras Samarco, proprietária da barragem, e as controladoras da empresa, Vale e BHP Billiton.

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