O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o tom em seu discurso na quarta-feira (9) durante a reunião da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizada em Honduras. Ele criticou as recentes mudanças na política de imigração dos Estados Unidos e a decisão do ex-presidente Donald Trump de aumentar as tarifas de importação para 180 países, incluindo o Brasil, que ficou com uma sobretaxa de 10%.
Presidente Lula convocou os países 33 do bloco para se unirem
Lula destacou que “a liberdade e a autodeterminação são as primeiras vítimas de um mundo sem regras multilateralmente acordadas”, referindo-se à criminalização e deportação de migrantes em condições degradantes. O presidente também alertou que tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e impactam os preços, afirmando que “a história nos ensina que guerras comerciais não têm vencedores”.
Em seu discurso, ele convocou os 33 países do bloco a se unirem para evitar o retrocesso à “condição de zona de influência” das potências mundiais. Lula enfatizou que “nossa autonomia está novamente em xeque” e mencionou tentativas de restaurar antigas hegemonias na região. “O momento exige que deixemos as diferenças de lado. É preciso resgatar o espírito plural e pragmático que nos uniu no início dos anos 2000”, concluiu.