Com a taxação do aço divulgada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, muitas siderúrgicas brasileiras começaram a contar os prejuízos e como isso iria afetar a produção. Uma delas foi a Usiminas, que pode ser a mais afetada com as taxas americanas.
O analista de mercado e CEO da Ihub Investimentos, Paulo Cunha, ressalta a importância da Usiminas para a Vale do Aço, e destacou também seu impacto na geração de empregos e na economia local. Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos, complementa que em 2023 a siderúrgica exportou cerca de 13% de sua produção para países da América do Norte.
ArcelorMittal, CSN e Ternium possivelmente sofrerão impactos
A renomada ArcelorMittal, presente em Minas Gerais, também está na lista das siderúrgicas que devem sofrer com os efeitos da sobretaxa do aço, dizem analistas. No entanto, os principais embarques da empresa para os Estados Unidos não se originam no estado.
Considerando as siderúrgicas que atuam em outras partes do Brasil, a Ternium, que atualmente é a maior acionista da Usiminas, mas não possui usina própria em Minas Gerais, e a companhia Siderúrgica Nacional (CNS), que tem operações no estado voltadas principalmente para mineração e produção de cimento, também podem ser impactadas.
De acordo com Moliterno, entre todas as empresas de aço citadas, a CNS tende a ser a mais afetada. Ele menciona que a empresa exporta cerca de 20% de sua produção para os Estados Unidos e que aproximadamente 15% de sua receita provém das vendas internacionais.
Gerdau pode ser beneficiada pelas taxas dos Estados Unidos
Segundo analistas, a Gerdau, maior empresa do ramo siderúrgico do Brasil, é considerada uma das poucas empresas que não serão afetadas pela decisão do atual prefeito dos Estados Unidos Donald Trump. As análises indicam que a companhia, que possui sua maior usina situada em Ouro Branco (MG), pode até se beneficiar com a medida, já que mantém as unidades de produção de aço nos Estados Unidos.
“Com as operações locais, a empresa tem a capacidade de atender ao mercado americano sem arcar com novas tarifas de importação, o que pode aumentar sua competitividade nos Estados Unidos”, ressalta Virgilio Lage. A própria Gardau confirma que possui operações nos Estados Unidos voltadas para consumo interno